Sérgio Godinho recebeu Prémio Carreira nos PLAY – Prémios da Música Portuguesa

O prémio foi entregue pelo atual ministro da cultura Pedro Adão e Silva pelo reconhecimento por parte da indústria musical do papel inigualável que desempenha desde há mais de 50 anos na música.
29 Abril 2023

Sérgio Godinho, um dos nomes mais unânimes e transversais da história da música portuguesa, recebeu ontem das mãos de Pedro Adão e Silva, ministro da cultura, o “Prémio Carreira” nos Play – Prémios da Música Portuguesa, em reconhecimento por parte da indústria musical do papel inigualável que desempenha desde há mais de 50 anos na música.

No discurso de agradecimento, Sérgio Godinho destacou o caminho percorrido desde 1971, não se esquecendo de referir os companheiros dos primeiros tempos, alguns deles entretanto desaparecidos, bem como todos os músicos, técnicos e profissionais que com ele têm colaborado. Ainda que contido, foi impossível esconder a emoção perante a atuação surpresa que Os Assessores, a banda que o acompanha em palco desde há duas décadas, preparam em surpresa para a ocasião e em que contaram com participação de Jorge Palma, Manuela Azevedo e Diogo Piçarra. Um medley especialmente concebido para o momento, em que foram evocadas quatro das suas canções maiores – “A Noite Passada” por Jorge Palma; “O Primeiro Dia” por Diogo Piçarra; “Espectáculo” por Manuela Azevedo; e, numa parceria inédita, os três, numa vigorosa interpretação de “Liberdade”, um dos hinos que Sérgio Godinho compôs na sua carreira.

Nascido a 31 de Agosto de 1945 no Porto, Sérgio (de Barros) Godinho é, para citar uma das suas canções clássicas, o verdadeiro “homem dos sete instrumentos” contando com uma carreira artística de invejável longevidade que se prolonga há cinco décadas de modo intocável. Cantor, compositor, escritor, actor (de teatro e cinema), é, talvez, na palavra, a força maior da sua obra, seja na versão escrita, dita ou cantada. Aliada à música, é com ela que construiu o que designa por grafittis sonoros que intervêm no nosso quotidiano tornando-nos conscientes de tantas coisas que por vezes nos escapam aos olhos e aos sentidos, dalguma forma definindo a banda sonora do Portugal dos últimos 50 anos.

Até à data publicou 20 álbuns de estúdio; 8 álbuns ao vivo; 7 álbuns em colaboração com outros músicos; 7 coletâneas; 8 registos coletivos onde partilha o disco com outros cantautores; 13 participações por convite em álbuns de outros; e 11 bandas sonoras de filmes e séries, num total de 74 publicações. Os seus registos mais recentes são: de estúdio, “Nação Valente” (2018); ao vivo, “Sérgio Godinho & A Orquestra Metropolitana de Lisboa” (2020); e em colaboração, associando em torno da sua obra nomes da música urbana nacional, e com curadoria de Capicua, “SG Gigante” (2022).

Editou no final de 2021 o livro de poesia e fotografia “Palavras são imagens são palavras”, sendo esta a sua última publicação ao nível literário que inclui no seu acervo autoral: 2 livros de poesia; 2 romances; 1 livros de contos; 1 livro de crónicas; 1 biografia; 1 livro de ilustrações; 3 livros infanto-juvenis; 1 peça de teatro; e 1 songbook com duas revisões

Texto: Universal Music Portugal